A Dama das Camélias é um livro escrito por Alexandre Dumas Filho em meados do século XIX, passa-se em Paris e irá nos contar a história de Marguerite Gautier, a jovem cortesã mais cobiçada de toda a Paris e de Armand Duval, um rapaz, que acaba de se formar em Direito e está aproveitando a vida fácil das grandes capitais e que de repente se vê apaixonado por Marguerite.
O livro na verdade começa com um narrador, do qual não sabemos exatamente quem é, apenas que tem dinheiro, vendo um anuncio de um leilão em um apartamento. Como é um admirador de arte e ficou curioso, esse personagem vai até o leilão, onde descobre que quem faleceu é Marguerite Gautier, e também adquire um livro com a assinatura de Armand Duval.
Alguns dias depois Armand Duval aparece em sua casa, oferecendo-se para comprar o livro, aparenta estar abatido e doente, e com pena o jovem dá o livro para Armand e em troca apenas pede sua amizade e também com curiosidade para saber o que aconteceu.
Alguns acontecimentos importantes ocorrem nesse meio tempo e obviamente não posso contar porque seria spoiler, mas então depois de alguns capítulos Armand começa a contar como conheceu Marguerite e toda a sua história de amor.
É a terceira vez que estou lendo o livro (ele faz parte da minha TBR do projeto Fevereiro Rereads) e sempre tenho as mesmas sensações de ansiedade, sofrimento e paixão que ambos os personagens possuem.
A Dama das Camélias é uma história de amor, mas também tem uma dura realidade das cortesãs e da burguesia. Várias vezes durante o livro são trazidas reflexões frias e calculistas de como as cortesãs precisam organizar sua vida com o dinheiro, e de como tudo ao redor dela é sobre dinheiro e superficialidade.
Também é interessante que várias vezes referem-se que o amor de uma cortesã acontece, mas sempre está fadado ao fracasso.
Uma das coisas que sempre me chama atenção é de como Marguerite conseguia gastar 100 mil francos por anos e sempre estar em dívida, em como invés de economizar em algum ano para pagar as dívidas e ter uma vida luxuosa, mas controlada, pensando em um futuro, ela continuava a gastar desenfreadamente a custa de amantes e que mesmo assim ela ainda sempre devia.
Lá no fim tenho muita raiva de certas coisas que Armand faz, mas entendo o lado dele, entendo sua dor e sua vontade de machucar. Só achei um absurdo um caso que acontece com 500 francos que se você ler talvez concorde comigo que é um absurdo tão triste e revoltante que chega a ser engraçado.
Eu adoro esse livro, recomendo muito, sua linguagem não é difícil e também não é um livro muito grande, a edição que li tem 270 páginas, porém a letra e o espaçamento são grandes e a leitura flui rápido.
Dei quatro estrelas no skoob e recomendo esse livro para você que gosta de Paris, do Século XIX, da vida de burgueses, de cortesãs e dos relacionamentos complicados com luxo e fortuna.
Beijinhos ;*
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