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Resenha: A Batalha do Apocalipse

                                             
                A Batalha do Apocalipse é um livro incrível (que clichê começar a falar de um livro assim, mas o que eu posso fazer se amo clichês?), porque sim, oras... Não, não é porque sim, é porque pelas suas lindas e maravilhosas 586 páginas (a minha edição tem exatamente esse número de páginas, apesar de eu não ter lido todo o glossário) você fica tão vidrado na história, que não consegue parar de pensar nos personagens.
                Eduardo Spohr tem uma narrativa épica, do tipo que te faz ter a sensação de estar lendo histórias de heróis (e tecnicamente você está lendo), pois Ablon, que é o personagem principal, também conhecido como o Anjo Renegado, é o nosso herói, e ele tem tudo o que precisa para ser um. Toda aquela história de honra, preocupação com a humanidade, porém só usa seu poder em último caso, nega sua espada, é apaixonado pela (linda, poderosa, diva) feiticeira Shamira e não pode ficar com ela devido todas as intrigas que está envolvido.
                Peraí, mas que intrigas Bibiana? Leia o livro se quiser saber (eu sei, que grosseria mais clichê).
                Mas do que fala o livro? Fala da Batalha do Apocalipse, porém não só da batalha, mas do que leva até ela. Tendo cenas do presente e do passado, com personagens marcantes e cativantes o autor faz com que você queira saber mais e mais até chegar ao fim do livro.
                Eu fiquei tão presa à história que me enrolei um monte para terminar de ler, não porque o livro não é bom, mas sim porque ele é ótimo e eu não queria que a história acabasse (e fazia um tempo considerável que eu fazia isso, se bem que a falta de tempo de ler ajudou um pouquinho).
                O que eu mais gostei no livro é o jeito que ele é narrado, e como o autor trabalha em cima dos personagens. A escolha de palavras, adjetivos e todas essas coisas que se usa para escrever uma boa história, Eduardo Spohr sabe usar perfeitamente. E a teoria que ele se embasa e constrói sua própria história (ficcional é claro) dentro de uma história que todos nós conhecemos é fantástica (a não ser que você seja alguém muito religioso, então você nãovai gostar do livro, achando-o um pouquinho herege, mas, whatever, é um livro fantástico).
                A literatura fantástica nacional está me cativando cada vez mais, e A Batalha do Apocalipse tem algumas partes que provocam uma reflexão um pouco maior sobre nós seres humanos e o que nós somos. Eu simplesmente adorei e recomendo.

                

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