Estou
pensando em como começar essa resenha há um mês, primeiro porque não quero
resumir o livro a algo que ele não é, porém não sei como explicar sem tocar no
tema polêmico que fará muitas pessoas pensarem exatamente o que eu não quero
que pensem. Mas hoje chego a velha conclusão que não posso controlar o
pensamento de ninguém e que está na hora de eu parar de enrolar e fazer essa
resenha.
Primeiramente
eu achei que o livro era maior. Quer dizer, A Garota da Casa Grande é um
romance e normalmente romances costumam ter umas 400 páginas de enrolação
melosa e chata, porém não esse. Em 112 páginas a Amanda – autora do livro para
os desinformados – consegue escrever uma história perfeita de um amor de verão
que vai além de um amor de verão.
Ela
começa o livro de uma maneira quase melancólica que é quebrada pelos
comentários sarcásticos e quase azedos da personagem que narra o livro. A Georgia
é encantadora, obviamente se encantadora significar: sarcástica, dorminhoca,
corajosa, engraçada, um pouco melancólica, escritora e homossexual, sim para
mim isso é ser encantadora.
A
Georgia como sempre nos verões vai passar as férias na casa da avó que mora em
uma cidade (se é que dá para chamar de cidade, é mais para um vilarejo) e ela
está preparada para ser mais um verão tedioso e tudo mais até conhecer a garota
que mora na casa na diagonal da casa da vó dela (que é uma casa grande, daí o
nome do livro, rá) a Alice.
Alice é
uma garota que está começando a aceitar o fato que sim ela gosta de meninas e
que não, não há nada de errado nisso. Porém, quem realmente a ajuda a chegar
nessa conclusão é Georgia.
Só que
é claro, a Amanda não foca nessa coisa de romance meloso ou nem de fetiches
sexuais, como normalmente os livros que focam nos relacionamentos homossexuais
focam, ela pega problemas que nós adolescentes da idade de Alice e de Georgia
convivemos todos os dias e joga em uma realidade de uma cidade pequena (que é
praticamente o reflexo da sociedade). Então além do livro falar sobre amor, ele
fala sobre jovens passando por conflitos dentro de si mesmos e na luta para a
aceitação de quem eles realmente são.
Eu li o
livro rápido, primeiro porque é um livro relativamente curto, segundo porque a
história flui rápido e é muito boa. Sério, a Amanda escrever muito bem e eu
super recomendo a leitura desse livro (e não estou falando isso porque o livro
é de parceria, e sim porque estou sendo sincera).
Ah e uma
das coisas que eu realmente gostei é que a história é muito bem desenvolvido
mesmo com 112 páginas. Você não se perde no meio e a história vai se encaixando
até o fim que... Ah, sério, o fim me deu vontade de chorar, mas tudo bem, eu o
adorei de qualquer forma.
Então,
deixe de lado seus preconceitos e se encante com Georgia e Alice nessa história
linda de amor e de descobertas.
P.S: (Acho que é Spoiler) :
A minha cena preferida do livro
é quando a Georgia tem uma conversa com a vó sobre a homossexualidade dela,
quer dizer, quando a avó dela a encurrala na parede, sério, aquela cena é
perfeita.
Capa linda
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