Leituras de Março: visitei paris com Hemingway, conheci As Meninas da Lygia, e li coisas para a faculdade: Bobbio e Hesse
Em Março minhas leituras não renderam muito, desisti de começar um dos calhamaços que havia caído em um sorteio e o refiz, vindo então o livro "Paris é uma festa", que tenho há éons para ler e é um amor <3
Aí como a Tatiana Feltrin, do Canal Tiny Little Things colocou no insta que iria ler o livro As Meninas da Lygia Fagundes Telles, que eu tenho há uns dez anos na estante, comprei em um tipo de sebo que teve na escola que estudava na época e esperei, esperei, esperei.... E não me arrependo.
Depois em concentrei em dois livros que li para a faculdade, que foi Liberalismo e Democracia do Norberto Bobbio, e A Força Normativa da Constituição de Konrad Hesse.
Paris é uma festa
Paris é Uma Festa é um livro de memórias (ou quase isso) de Hemingway, sobre Pais em seus gloriosos anos 20. É um livro curto, com passagens (ou contos) da vida do autor. Algumas são sobre o pouco dinheiro, outros sobre Gertrud Stein (espero que se escreva assim).
É um livro leve, divertido, o autor não parece tão pessimista quanto dizem.
É um livro franco, é claro, mas interessante, os pensamentos e reflexões de Hemingway, para mim, são encantadoras e creio que esse livro foi o que salvou meu mês de Março.
Tem uma partezinha reservada a Fitzgerald (para quem não sabe autor de o Grande Gatsby) e agora entendo porque o único livro que li me pareceu irreal e maluco: o autor era exatamente como o personagem principal, ao menos é assim que Hemingway o descreve.
Achei o livro um charme e gostei muito. Super recomendo.
As Meninas
Esse livro irá contar a história de três meninas, Lorena, Lia e Ana Clara, na época da ditadura, no ano de 1973.
O que eu posso dizer sobre esse livro é que é um livro mais de emoções e sentimentos do que de linearidade, é sobre o pensamento e sensações das três garotas, principalmente de Lorena (que foi quem me fez suportar o livro, sinceramente gente).
A narrativa não é nada linear e nenhuma dessas garotas são muito certas da cachola, Lorena é a típica burguesa, é estudante de direito, apaixonada por um amor impossível, pura e casta. Lia é da militância de esquerda, contra a ditadura, se diz feminista, mas tem uma cena descrita no livro, que diz ela em seu pensamento que foi "a pedido de" um certo personagem e aquilo me deixou chocada e bem revoltada porquê... A Lia foi um mero objeto, sim, ela a pedido de um macho de esquerda fez uma coisa totalmente objetificada, ela apenas serviu como objeto, justamente como nós não queremos ser. Nossa, sério, sei que pode ter acontecido, mas quem se submeteu a isso não estava militando conscientemente não, estava com a mente lavada e sendo usada para propósitos que não queriam mulheres livres (minha opinião, o choro é livre e eu também, odiei a cena e odiei esse fato e se isso é ser feminista de esquerda - ou era, na época - não me representou não!). E a Ana Clara, também chamada de Ana Turva, bem, ela é completamente maluca, vive nas farras e nas drogas, e a maior parte das suas cenas ela está delirando na cama junto com o namorado, amante, ou sei lá o que, que está tão chapado quanto ela, Ana é deprimente é a narrativa mais difícil do livro todo.
Assim, não que eu não tenha gostado do livro, mas ele me deixou de ressaca que ainda não terminei nenhum outro livro, não achei tão incrível e me encheu muito o saco.
Tem reflexões legais? Tem.
É legal por causa da ditadura? Talvez, porque pincela um pouco sobre o tema e só vem com a Lia que eu não gostei nem um pouco. Sério, achei ela iludida, chata, ela luta por um ideal (ponto positivo, gostei disso), mas certas coisas que faz por isso ainda se aproveitando da Lorena não gostei nadinha.
Valeu a leitura? Não sei, pela ressaca que deixou não sei responder, mas você pode conferir o vídeo da Tati, que adora o livro e ver se quer ler ou não.
Sobre Bobbio e Hesse são livros que li para a faculdade e me abstenho de fazer resenha, mas foram leituras acadêmicas interessantes, não tão fáceis, não tão difíceis (mais do que As Meninas).
É isso aí :)
Como foram suas leituras? Conte-me aí nos comentários!
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Aí como a Tatiana Feltrin, do Canal Tiny Little Things colocou no insta que iria ler o livro As Meninas da Lygia Fagundes Telles, que eu tenho há uns dez anos na estante, comprei em um tipo de sebo que teve na escola que estudava na época e esperei, esperei, esperei.... E não me arrependo.
Depois em concentrei em dois livros que li para a faculdade, que foi Liberalismo e Democracia do Norberto Bobbio, e A Força Normativa da Constituição de Konrad Hesse.
Paris é uma festa
Paris é Uma Festa é um livro de memórias (ou quase isso) de Hemingway, sobre Pais em seus gloriosos anos 20. É um livro curto, com passagens (ou contos) da vida do autor. Algumas são sobre o pouco dinheiro, outros sobre Gertrud Stein (espero que se escreva assim).
É um livro leve, divertido, o autor não parece tão pessimista quanto dizem.
É um livro franco, é claro, mas interessante, os pensamentos e reflexões de Hemingway, para mim, são encantadoras e creio que esse livro foi o que salvou meu mês de Março.
Tem uma partezinha reservada a Fitzgerald (para quem não sabe autor de o Grande Gatsby) e agora entendo porque o único livro que li me pareceu irreal e maluco: o autor era exatamente como o personagem principal, ao menos é assim que Hemingway o descreve.
Achei o livro um charme e gostei muito. Super recomendo.
As Meninas
Esse livro irá contar a história de três meninas, Lorena, Lia e Ana Clara, na época da ditadura, no ano de 1973.
O que eu posso dizer sobre esse livro é que é um livro mais de emoções e sentimentos do que de linearidade, é sobre o pensamento e sensações das três garotas, principalmente de Lorena (que foi quem me fez suportar o livro, sinceramente gente).
A narrativa não é nada linear e nenhuma dessas garotas são muito certas da cachola, Lorena é a típica burguesa, é estudante de direito, apaixonada por um amor impossível, pura e casta. Lia é da militância de esquerda, contra a ditadura, se diz feminista, mas tem uma cena descrita no livro, que diz ela em seu pensamento que foi "a pedido de" um certo personagem e aquilo me deixou chocada e bem revoltada porquê... A Lia foi um mero objeto, sim, ela a pedido de um macho de esquerda fez uma coisa totalmente objetificada, ela apenas serviu como objeto, justamente como nós não queremos ser. Nossa, sério, sei que pode ter acontecido, mas quem se submeteu a isso não estava militando conscientemente não, estava com a mente lavada e sendo usada para propósitos que não queriam mulheres livres (minha opinião, o choro é livre e eu também, odiei a cena e odiei esse fato e se isso é ser feminista de esquerda - ou era, na época - não me representou não!). E a Ana Clara, também chamada de Ana Turva, bem, ela é completamente maluca, vive nas farras e nas drogas, e a maior parte das suas cenas ela está delirando na cama junto com o namorado, amante, ou sei lá o que, que está tão chapado quanto ela, Ana é deprimente é a narrativa mais difícil do livro todo.
Assim, não que eu não tenha gostado do livro, mas ele me deixou de ressaca que ainda não terminei nenhum outro livro, não achei tão incrível e me encheu muito o saco.
Tem reflexões legais? Tem.
É legal por causa da ditadura? Talvez, porque pincela um pouco sobre o tema e só vem com a Lia que eu não gostei nem um pouco. Sério, achei ela iludida, chata, ela luta por um ideal (ponto positivo, gostei disso), mas certas coisas que faz por isso ainda se aproveitando da Lorena não gostei nadinha.
Valeu a leitura? Não sei, pela ressaca que deixou não sei responder, mas você pode conferir o vídeo da Tati, que adora o livro e ver se quer ler ou não.
Sobre Bobbio e Hesse são livros que li para a faculdade e me abstenho de fazer resenha, mas foram leituras acadêmicas interessantes, não tão fáceis, não tão difíceis (mais do que As Meninas).
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